Os próximos cinco anos da Companhia de Saneamento de Sergipe - Deso, está sendo minuciosamente pensado e elaborado através de um Planejamento Estratégico diferenciado dos que já foram aplicados na empresa. Prova disso, são as etapas que começaram a ser colocadas em prática com a presença não só dos diretores, mas especificamente dos gestores, com ênfase em detalhes que cada gerência vive no dia a dia. Tendo isso como base, reuniões e um workshop já deram o ponta pé inicial para os ajustes e interações necessárias, para que os próximos anos sejam de muitos acertos na Companhia.
As diretrizes estratégicas da Deso para os próximos cinco anos estão sendo definidas a partir do processo de Elaboração do Planejamento Estratégico Ciclo 2020-2024, com base no Modelo da Excelência (MEG), iniciado no dia 16 de dezembro. Foi realizada uma reunião com a Diretoria Executiva para apresentação do projeto, com objetivo de criar a sensibilização necessária quanto à importância do MEG na organização, bem como esclarecer o papel da Alta Administração no processo. Nesta fase, ocorreu também o alinhamento dos conceitos que serão trabalhados em cada etapa, buscando maior clareza na definição das entregas e das responsabilidades de cada parte envolvida, e permitindo um alinhamento das expectativas entre a organização e a Contratada. Na segunda etapa, realizada nos dias 17 e 18 de dezembro, foi realizada uma oficina com a participação de colaboradores de diversos setores para análise do ambiente de atuação da Deso e construção da Matriz SWOT, com identificação das oportunidades, ameaças, forças e fraquezas.
De acordo com o diretor-presidente da Deso, Carlos Melo, o engajamento é essencial para o êxito do novo planejamento estratégico. "Dessa vez, fizemos diferente porque firmamos uma parceria com a Fundação Nacional da Qualidade, uma instituição renomada, para que possa nos dar um auxílio e juntos possamos construir um novo planejamento estratégico com outra visão e acompanhamento. Esse é um momento importante para que todo o corpo gerencial da Deso esteja engajado nisso. Tudo que passamos aqui vai ter sucesso nos próximos dias, semanas e meses apenas se houver engajamento de cada área no melhor planejamento para a nossa empresa, de forma que possamos alcançá-lo com o plano de ações", ressaltou.
As primeiras etapas do processo contam com a definição de quesitos a partir da mudança entre o último planejamento e o atual, é o que destaca o assessor de Planejamento e Gestão Empresarial, Rodrigo Oliveira. "Nessa primeira etapa, foi feita uma identificação e análise de ambiente de atuação da Deso. A próxima etapa vai acontecer em janeiro e contará com uma definição de missão, visão e valores da empresa. Nós já temos esses pontos bem definidos, mas eles serão revisitados e mapeados junto a diretoria executiva com o suporte das assessorias técnicas, diante da mudança de cenário que ocorreu do último planejamento estratégico até hoje", disse.
Rodrigo ainda ressaltou as demais fases do planejamento. "A partir desse trabalho, nós vamos definir os objetivos estratégicos, que são as questões prioritárias para a empresa, como ampliação do sistema de esgotamento sanitário e abastecimento de água, gestão de perdas, tecnologias, aumento do lucro da empresa. Diante dos objetivos estratégicos, nós vamos traçar o plano de ação para atingi-los. Quando fecharmos o relatório final, ele será levado à diretoria executiva para definirmos o plano da Deso para os próximos cinco anos, o que a empresa deve fazer para atingir os objetivos dela. Nós pensamos em fazer uma apresentação aqui na sede com transmissão para todas as regionais, a fim de todos terem conhecimento e se sentirem envolvidos nisso", frisou.
Segundo o especialista da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), Fábio Santana, o novo plano será diferente do anterior. "Esse é um projeto de planejamento que não tem um foco operacional, mas está trabalhando o futuro da Deso com horizonte de cinco anos. Se fizéssemos como no último ciclo, mais fechado, e não tivéssemos a participação dos funcionários, a dificuldade que teríamos para conseguir com que ele virasse realidade seria muito grande. A vantagem é que eles entendam o que é prioritário e qual o impacto disso para a empresa, clientes, fornecedores e todas as partes interessadas. O maior ganho é a possibilidade de gerarmos um nível de engajamento desde a construção do planejamento, que depois vai refletir na execução e os resultados virão com intencionalidade e não ao acaso", afirmou.
Para Edson Bastos, da Gerência Regional de Produção e Distribuição Sertão, o workshop é uma fase inicial para a análise e resolução de problemas históricos da empresa. "Nesses três dias, aconteceu um workshop, que é uma fase inicial, mas existem outras fases previstas e estamos fazendo uma análise de ambiente externo e interno, conhecendo os problemas, abordando os potenciais, ameaças e oportunidades. Agora nós temos a oportunidade de fazer uma ação integrada, mais ampla, duradoura e estratégica. Estou vendo um fórum que não é fácil de fazer, porque todo mundo precisa ficar diante de problemas históricos e falar sobre eles, mas acredito que é o único caminho que temos para construir algo realmente sustentável, que não seja apenas uma palavra vazia", destacou.