Cerca de 2 mil avaliações semanais são feitas na Companhia, levando em consideração fatores químicos e biológicos
Os quatro laboratórios integrados da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso) têm garantido água de qualidade à população, atendendo a todos os preceitos de segurança. Em média, são feitas 2.064 análises por semana nos quatro laboratórios, totalizando aproximadamente 92.880 testagens somente neste ano.
As análises feitas têm como base a Portaria 888/2021, do Ministério da Saúde, e as resoluções 357 e 430, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). “O nosso trabalho tem como objetivo fazer com que a Deso entregue o melhor produto possível, afinal, água é vida”, destacou o gerente de Controle e Vigilância da Qualidade (GCVQ) da Deso, Giovani Silva.
As amostras captadas diariamente em todo o estado, são submetidas a avaliações físico-químicas e microbiológicas, tanto no processo de captação nos mananciais, antes da distribuição da água, como nas edificações urbanas, após o compartilhamento. “A Legislação determina os padrões adequados de manejo e tratamento da água para consumo humano”, disse o gerente.
De acordo com Giovani Silva, pela portaria, deve-se priorizar as coletas em locais de abrangência espacial. "Como escolas e terminais rodoviários, hospitais e asilos”. Giovani Silva ainda acrescentou que essas sondagens servem como amostras representativas da região examinada.
Laboratórios
O laboratório de Índice de Qualidade de Água Distribuída (IQAD) foca no diagnóstico químico da água que já foi tratada e chegou nos locais de destino. “Aqui nós observamos o pH (Potencial de Hidrogênio, que mede o grau de acidez ou alcalinidade), cor e turbidez. Também analisamos as quantidades de cloro, flúor e outros elementos químicos com base na Legislação para assegurar a qualidade da água”, detalhou a química Luciene Bomfim, responsável pelo IQAD.
Já no Laboratório de Microbiologia e Hidrobiologia (Labmic), os alvos da pesquisa são as possíveis contaminações na água causadas por seres vivos, tanto nos mananciais como nas residências. Segundo o biólogo Rafael Alves, um dos responsáveis pelas análises, é possível detectar a presença de organismos heterotróficos, cianobactérias, citotoxinas, clorofila A e outros corpos materiais prejudiciais à saúde humana.
A Deso conta, também, com o Laboratório de Análises Completas (Labcomp) que cuida do estudo de possíveis fontes de água a serem utilizadas. “Aqui analisamos cerca de 90 elementos químicos presentes nessas fontes e, após isso, libera-se para que a empresa trate e distribua essa água futuramente para a população”, detalhou o técnico em Química, Ednilson José, pontuando que os estudos são complexos e são o primeiro passo para a produção.
Monitoramento do esgoto
Além da qualidade da água, amostras de esgoto da Deso também são avaliadas, para certificar que o impacto ambiental dos dejetos seja o menor possível. “Temos que seguir todas as exigências do Conama. Uma delas é verificar se a quantidade de oxigênio no esgoto tratado é suficiente para a vida da fauna e flora do corpo hídrico, no qual será despejado”, finalizou a técnica em Química do Laboratório de Análises de Água Residuárias, Joana D'Arc Prado.